Work Text:
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Louis - 42 anos
Harry - 40 anos
Freddie - 18 anos
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Freddie está indo para faculdade.
Com suas ótimas notas ao longo dos anos, Cambridge se tornou um sonho cada vez mais perto. Seus pais, obviamente orgulhosos, ficaram super felizes (e choraram, mas Louis nunca admitiria) quando sua carta de aceitação chegou e ali estavam eles, numa pequena discussão sobre sua faculdade:
- Mas meu amor, você ficaria tão mais confortável num apartamento só seu... - Harry argumenta para o garoto loiro em sua frente, com o Tomlinson mais velho entre eles segurando sua mão.
- Mas mãaaaae... - Freddie reclama, mesmo sabendo que sua mãe só quer seu melhor - Não quero que vocês gastem além do que o necessário comigo. Além disso, o dormitório da faculdade é mais perto do prédio das minhas aulas, além de ser uma boa maneira de fazer amigos...
Harry está hesitando. Seu bebê vai ficar num lugar estranho e longe dele pela primeira vez. A culpa não é dele de ser uma mamãe coruja que pensa em todos os problemas que Freddie pode enfrentar sozinho, longe dos pais.
- Amor, nós sempre estaremos aqui por ele, e ele sabe disso. E Fred já tem dezoito anos, amore mio. Ele já é um adulto... - Louis tenta convencer sua esposa, sabendo como ela é protetora.
- Vocês dois contra a mamãe?! Sempre soube que seu pai era seu favorito, Freddie Reign Tomlinson, mas não esperava isso...
- Num dormitório vou estar com outras pessoas e não sozinho isolado num apartamento! E também não terei que cozinhar todos os dias, mãe!
Bom, contra isso o cacheado não consegue argumentar. Seu filho puxou a falta de habilidade culinária de seu marido.
Assim, o antigo Styles concorda com a cabeça e o loiro vai abraçar os pais, beijando seus rostos e murmurando vários "eu te amo", fazendo o cacheado gargalhar baixo.
- Mas nós vamos comprar tudo que você quiser para decorar seu quarto. Hum.
- Mãaaaaaae!
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Alguns dias depois, Harry e Louis vão levar o filho para fazer a inscrição na faculdade e conhecer o campus. Freddie nem argumentou porque queria seus pais consigo. Eles sempre estiveram, da maneira deles, em sua vida e aquilo era importante. Sua família era a coisa mais importante para ele.
- Que lugar bonito, arborizado, muito bom para fazer ioga ou corrida de manhã... - O Tomlinson cacheado comenta, fazendo o filho concordar.
Mesmo sendo muito agitado como o pai, Freddie gostava de fazer programas calmos com a mãe de manhã desde pequeno, lhe ajudava a se concentrar e começar o dia. Louis ainda se lembra de como era fofo ver um Harry com cabelos longos e um Freddie pequeno fazendo ioga com uma música calma no jardim atrás do lar deles.
Após toda a papelada acertada na secretaria do prédio que Freddie irá estudar, os três seguem para o dormitório do garoto com algumas caixas nas mãos.
Quando abrem a porta do dormitório, descobrem que o colega de quarto do Tomlinson mais novo já estava ali. E descobrem que...
- BEAR?!
- PAYNO?!
O antigo Styles gargalha quando Louis abraça Liam e Freddie abraça Bear, fazendo ele sorrir e retribuir os abraços de Liam e Bear a seguir.
Os garotos mais novos começam a conversar enquanto os três adultos fazem o mesmo:
- Por que não me avisou que Bear ia vir para Cambridge?!
- Achei que ele tinha comentado com o Freddie, sabe como os dois são... - Payne responde com um sorrisinho nos lábios enquanto olha para Louis abraçando a cintura de Harry com tanto amor que lhe faz querer alguém também.
- Agora faz sentido do porquê Fred quis ficar num dormitório... - O cacheado murmura e os três gargalham antes dos filhos se juntarem a eles.
A família (sim, a família Tomlinson e os Payne eram uma família) arrumam as roupas dos garotos e depois a família Tomlinson ruma em direção à uma loja de artigos de casa após Louis tirar algumas medidas do quarto e os Payne vão a um restaurante.
- Você já tem alguma ideia do quer, meu amor? - a voz calma e amorosa de Harry soa para Freddie enquanto acaricia os fios loiros dele, o fazendo chegar mais perto da mãe. Ele é um garotinho dos pais ainda e não tem vergonha disso.
- Hm, pensei em algumas coisas... A prioridade é uma escrivaninha... - ele murmura e a mãe adiciona:
- Não podemos esquecer de uma prateleira maior para seus livros, filho!
O Tomlinson mais velho concorda e eles vão adicionando no carrinho tudo que Freddie precisa e alguns mimos que os pais fazem questão de lhe dar: desde uma escrivaninha, prateleira grande e uma luminária até roupas de cama novas, um quadro branco e um quadro de avisos ("Para colocar suas fotos comigo e com seu pai, filho!" diz Harry com carinho).
Quando saem de lá, vão até um restaurante pelo cacheado estar muito cansado para cozinhar. A família tem um jantar ótimo entre risadas e comentários sobre livros, música e filmes:
- Pai, você viu o que eu te mandei?
- Não, campeão, fiquei até tarde no estúdio hoje, por que? - William murmura meio cabisbaixo, não gosta de não ver o que Harry ou seu filho lhe mandam porque não quer deixar brechas para as insegurança dos dois.
- Oasis vai voltar.
Assim que a fala sai da boca do filho, Tomlinson abre seus olhos como nunca havia feito em seus 42 anos. Sua banda favorita de toda a sua vida vai voltar.
- Você tá brincando, óbvio. - essa é a resposta do mais velho, porque ele não consegue acreditar.
- Você tem visto seus e-mails recentemente, Boo? - Harry lhe questiona porque sabe que uma das empresas em que Louis investe vai ser a produtora da turnê da banda.
- Não... - ele murmura já que não entra em seu celular além de ver mensagens quando está em estúdio, e pega seu celular rapidamente, abrindo seu e-mail e vendo a mensagem da nova turnê do Oasis bem grande ali, de verdade verdadeira, real, material.
- Puta. Merda. - ele murmura chorando um pouco, fazendo seu filho e sua esposa rirem dele, aquele virando o assunto do jantar.
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- Você quer dormir lá em casa ou quer que deixemos você no seu dormitório, campeão? - Louis questiona o filho quando eles entram no carro, esperando sua resposta.
Essa questão de ninho vazio é complicada para o casal. É Louis quem faz a pergunta, porque sabe que sua esposa está lentamente entrando num local mental complicado por saber que Freddie está tão perto de ir embora.
- Vou pra casa... - o mais novo do carro lhe responde e eles vão para casa com uma trilha sonora cheia de Oasis.
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Quando chegam, Harry dá um beijo na testa e um abraço apertado no filho, assim como um selinho longo em Louis antes de subir as escadas para a suíte do casal, indo fazer seu ritual da noite que consiste em banho, skin care, muitos cremes etc.
- Podemos conversar enquanto faço o chá de vocês, filho? - Louis pergunta a Freddie, que logo concorda e vai até a cozinha abraçado ao seu pai.
O mais novo se senta na ilha da cozinha e assiste seu pai fazer chá como faz todos os anos desde que se lembra. Ele adquiriu tal hábito de sua mãe, que não consegue ir para cama sem uma xícara de chá.
- Não sei se você percebeu, mas sua mãe está meio mexida com a sua ida para a faculdade... - o pai murmura enquanto coloca a água para esquentar, logo virando para o filho ao ouvir o murmuro de concordância dele.
É claro que ele havia percebido. Freddie puxou - mais isso - de sua mãe, essa atenção gigante a cada detalhes das pessoas que ama. Então ele percebeu que sua mãe tem estado cabisbaixa, mais quieta e mais carinhosa do que o normal, sempre lhe tocando e lhe abraçando mais do que o normal.
- Só quero que saiba que a culpa não é sua, sim? A mamãe só está levando um pouco de tempo pra lidar com sua ida, mas está extremamente orgulhosa de você... - o mais velho fala para ele de um jeito que não falava a anos, de uma maneira calma e querendo que ele acredite nele.
- Sei que ela está orgulhosa de mim, eu só... - ele morde seu lábio, olhando para baixo - Só fico triste porque ela está triste...
Louis lhe dá um abraço apertado, fazendo ele suspirar e se encolher nos braços do pai, se sentindo uma criança novamente por um momento.
Está sendo difícil para Freddie também. Ficar longe dos seus pais, a faculdade, conhecer pessoas novas, matérias novas... E, no meio de tantas mudanças, sair da escola, falar com seus amigos sobre faculdade, ele não havia exatamente dado atenção aos pais. Obviamente não ignorou seus pais, mas ficou tão cheio de novidades para se inteirar que mesmo sabendo que seus pais não estavam bem, não conseguiu fazer algo sobre.
Freddie suspira e abraça seu pai com mais força antes de lhe soltar.
- Vou me arrumar para dormir. Amo você, obrigado por ser um pai tão incrível pra mim sempre. Obrigado por ser meu herói... - ele murmura e sorri para o pai antes de subir as escadas para seu banheiro, tomando banho e escovando seus dentes antes de colocar seu pijama.
Na cozinha, os olhos de Louis estão cheios de lágrimas porque ele vê um filme se passando em sua cabeça. Freddie no hospital quando o viu pela primeira vez, os primeiros passos do filho, ele ensinando Fred a andar de bicicleta, o pequeno aprendendo a ler, todos os prêmios que ele ganhou por ler a maior quantidade de livros dentre os alunos da escola, tudo. E ele sorri. Sorri porque ele e Harry criaram um ótimo ser humano. Fizeram o melhor que podiam e deu tudo certo.
Na suíte dos pais da casa, Harry sai do banheiro com um pijama de bolinhas e se surpreende ao ver uma cabeleira loira debaixo de seu cobertor, lhe fazendo gargalhar baixo quando os olhos azuis - que os dois amores da sua vida possuem - aparecem de debaixo das cobertas.
- Vai dormir com o papai e a mamãe hoje, leãozinho? - o apelido que sua mãe usa faz seu coração se aquecer e um sorriso aparecer em seus lábios. Seu pai chamava ele e sua mãe assim já que ambos se parecem com leões por causa de seus cabelos de manhã.
- Posso?
- Você sempre pode, meu amor... - o sorriso de sua mãe faz Freddie sentir que ganha mais um ano de vida.
O cacheado vai para debaixo das cobertas e abraça o filho, sentindo o garoto se aconchegar nele do mesmo jeito que fazia quando era pequeno, tendo o rosto em seu pescoço enquanto é abraçado, quase lacrimejando quando sente o cheiro doce de sua mãe, o cheiro de sua infância.
- Não reclamando, denguinho, mas por que decidiu dormir aqui em casa hoje? E vir dormir com a mamãe? - Harry murmura enquanto faz cafuné nos fios lisos do filho.
- Eu só... Só queria ficar com vocês mais um pouco antes das aulas começarem... Queria ser criança por um último dia... - ele murmura, abraçando a mãe mais forte.
- Princesa, você viu o Fred? Eu fiz o chá de vocês mas- Ah, vocês estão aí! - Louis entra no quarto e sorri ao deixar as xícaras dos dois na mesinha de cabeceira, beijando a testa deles antes de se juntar na cama.
- Nós vamos visitar você na faculdade, meu amor, e você sempre será nosso bebê, meu denguinho. - ela murmura para o filho, deixando um beijo em seus fios loiros.
- Eu sei, só... - ele suspira, escondendo seu rosto no pescoço da mãe por se sentir meio choroso - Você sabe que é perfeita, não é? - antes de que sua mãe possa responder, ele a aperta mais e continua - Você é a mãe mais incrível que eu poderia ter tido na minha vida. Você é quem me inspirou a ler mais, você que me fez ter hábitos melhores de manhã, você que mais me apoiou quando eu comecei a escrever e fiquei com vergonha de mostrar pro papai... Você que me inspira a não ter medo de quem ser quem eu sou. Você e papai me inspiram todos os dias. Só sou quem eu sou porque vocês sempre me deixaram confortável pra ser quem eu realmente sou. Vocês me ensinaram a ter autoestima, me amaram, me ensinaram o certo e o errado... Vocês são a coisa mais importante pra mim. Vocês são minha âncora e minha corda. Vocês sempre foram e serão meu porto seguro. Mesmo estando a uns minutos de vocês quando for para a faculdade, sempre que algo acontecer, sei que posso correr pra vocês.
Nesse ponto, os três estão chorando.
Harry está chorando porque aquilo foi sempre o que quis. Harry sempre quis ter uma família feliz como a que teve, sempre quis ser mãe e dar amor para seu filho. Sempre quis ser o porto seguro de sua família e, principalmente, de seu filho. Desde pequeno sempre soube que queria ser mãe e ver ali que seu sonho deu certo, que tem um filho brilhante lhe faz chorar copiosamente. Seu maior orgulho também tem orgulho dele.
Louis está chorando porque, vindo de uma grande e barulhenta família, ele sempre quis ter filhos. E ver como seu pequeno - não tão mais pequeno assim - se tornou alguém incrível e sensível lhe deixa emotivo. Saber que todo o sacrifício que ele fez ao longo dos anos resultou em uma família completa e cheia de amor o deixa mais emotivo do que esperava.
Freddie está chorando porque ama seus pais. Porque não estaria ali se não fosse pelo apoio que eles tem dado a ele ao longo dos anos. Porque ama tanto seus pais, é tão orgulhosos de quem eles são e como eles se tornaram quem são. Porque está inseguro do mundo que espera por ele, mas sabe que pode contar com sua mãe e seu pai para lhe ajudar com qualquer coisa que ele precisar.
Depois de abraços quentinhos, os dois mais novos tomam seus respectivos chás e todos vão dormir envoltos numa aura de amor familiar.
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No dia seguinte, eles voltam ao dormitório de Freddie (e Bear, que não está lá) para montar o que eles haviam comprado no dia anterior e organizar o que já haviam levado.
Louis e Freddie ficam montando as coisas mais difíceis enquanto Harry arruma as roupas do filho, já sabendo como ele gosta da organização de seus pertences.
Após os dois montarem os móveis e colocar os quadros na parede, a mãe vai arrumar os livros do filho, o loiro vai arrumar sua escrivaninha e colocar fotos no quadro de avisos e Louis faz a cama do Tomlinson mais novo.
Ao final do dia, com a parte do quarto do Tomlinson cheia de pôsteres de livros e filmes junto de fotos de sua família e amigos. Freddie sorri e abraça seus pais.
- Obrigado por participarem dessa etapa da minha vida comigo...
- Nós não perderíamos por nada, filhote... - o cacheado murmura emocionado, deixando um beijo nos fios lisos do seu filho.
Os três então seguem para um restaurante perto da faculdade cheio de universitários, fazendo Louis murmurar que daqui a pouco é Freddie entre eles, fazendo Harry sorrir e desejar intimamente que seu filho crie boas amizades e experiências na universidade.
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- Nós fizemos um bom trabalho, não é? - Harry questiona seu marido.
Os dois estavam sozinhos em casa. Aquilo não ocorria a anos.
Naquele dia, Freddie tinha tido sua primeira aula na faculdade e Louis teve que segurar a esposa para ela não ir à universidade e levar o filho à sala de aula.
Agora, os dois estavam deitados na cama enquanto assistem alguma série aleatória e bebericam um vinho que acharam em sua adega. Louis estava fazendo cafuné em um Harry orgulhoso.
- Nós fizemos, princesa... Nós fizemos.