Chapter Text

"Sabe, todo mundo perde de vez em quando."

"Pare de me chamar assim! Eu não sou uma perdedora! Eu sou a melhor!"

~?

Não é Minha Violação de Segurança (Definitivamente É!)

Uma máquina pode sentir dor?

Os circuitos e fios têm terminações nervosas?

É possível que uma criatura de aço possua uma alma?

A humanidade tem frequentemente debatido isso; estudiosos têm argumentado desde o início das próprias máquinas. Prove isso, eles dizem. Como se prova que algo, feito por mãos humanas, tem uma faísca? Aquela porção de percepção que vai além da mera consciência e se torna um pensamento senciente? Em retrospectiva, suponho que depende do universo em que você está. Conheci mechs com mais personalidade do que a maioria dos homens. Claro, alguns eram burros como tijolos, mas outros...caramba. Bastardos muito espertos eles eram.

Pegando isso de um deus errante, às vezes a consciência não é uma coisa boa.

E aqui temos esta pequena joia. Uma explosão do passado.

Ou é o futuro? Hum. A linha do tempo não está muito clara.

Hum? O que é isso?

Não é Minha Violação de Segurança, é?

Discordo! Eu serei o único violando aqui! CARREGAR!

(.0.0.0.)

Ela não conseguia ver.

Por que ela não conseguia ver?

Seu mundo inteiro ficou escuro. Por quê? Foi culpa dela?

Ela não sabia, não entendia, não conseguia compreender isso. Nada disso. Nenhuma coisa disso. Deixada sozinha no escuro com nada além de seus sentidos restantes para guiá-la enquanto ela tropeçava, tentando não soluçar de pura frustração. Ela falhou. Claro que ela tinha. Afinal, ela era uma perdedora. Não é uma vencedora. Nunca uma vencedora, não importa o que ela desejasse o contrário. Por que ela era assim? Seu cabelo estava arruinado, seu corpo mutilado e seu rosto...seu rosto...SEU ROSTO...!

"Uau. Ele realmente mexeu com você, não mexeu?"

Ruído! Ela mergulhou nele, apenas para errar e ricochetear nas paredes próximas.

"Sua coitadinha." uma voz fraca murmurou em algum lugar atrás dela. "Eu nem sei quem você é e ainda quero dar um abraço em você."

Lá! Som à sua esquerda! Ela se lançou!

"Pare com isso, sim? Estou tentando ter uma discussão civilizada com você!"

Girando no lugar, Roxanne se virou para a pessoa que falava com um rosnado.

Boop. Uma mão a golpeou no focinho. Ela sentiu isso. Ela não deveria ser capaz de sentir nada. E ainda assim ela sentiu o impacto.

.

..

...isso não estava certo, não é?

"Pobre lobinha." a voz voltou novamente. "Deixada sozinha para apodrecer no escuro. A vida não é justa, não é? Você não pediu para ser assim; ter alguém invadindo seu mainframe, ter sua personalidade distorcida assim."

Ela foi? Não! Não se distraia. Ela se lançou e a mão ergueu-se novamente. Desta vez ela estava pronta. Suas mandíbulas se fecharam em torno dele e o arrancaram com uma mordida.

"Realmente?" um suspiro gotejou em seus ouvidos. "Eu gostava daquele braço."

"ME DÊ DE VOLTA OS MEUS OLHOS!"

"Não tenho eles." o estranho não visto resmungou no escuro. "Mesmo assim, já que você pediu tão bem. Aqui. Vamos resetar o relógio. Limpar a lousa...e começar de novo."

Ouvidos atentos captaram o estalar de dedos.

Roxanne ouviu claramente o barulho que se seguiu; para ela parecia o gongo profundo de um velho relógio de pêndulo. Ela nunca tinha ouvido o barulho antes, ainda sim ressoou com ela do mesmo jeito. Uma sensação repentina de vertigem a atingiu e ela piscou.

.

..

...espere.

Ela piscou agora mesmo! Ela podia ver!

"Tada!" Através da visão embaçada, ela viu um jovem humano empoleirado em sua cômoda -por que eles estavam em seu quarto?!- agachado e sorrindo de orelha a orelha. Olhos azuis brilhantes brilhavam com alegria, emoldurados por bochechas com bigodes selvagens e cabelos loiros fulvos. Foram apenas os chifres vermelhos projetando-se de seu crânio que sugeriam algo mais. Roupa estranha, no entanto. Quem usava um casaco de tantas cores assim? Esse cara não era um animatronic. Não como ela. Mas também não era humano.

Mais do que isso.

"O que você fez...?"

"Desabilitei aquele hacking irritante e retornei seu software às configurações básicas." ele sentou pesadamente na beirada com um encolher de ombros. "Só precisei de um toque para fazer isso. Agora vamos sentar e conversar sobre isso como adultos, hein?"

Roxy avançou nele.

"Aha!" ele dançou fora de alcance, saltitando como Sun por um momento. "Nada disso! Veja, eu me decidi." sua cabeça se inclinou, considerando ela como se fosse uma bela joia. "Eu vou consertar este lugar. Começando por você." um dedo saltou, a assustando. "Você diz que é a melhor? Melhor do que todos os outros? Bem! Aqui está uma chance de provar isso. Você tem seis horas."

"Espere! Eu não entendo! Quem é você?!"

"...se nomes é o que você está atrás, Naruto vai servir. Fique quieta, sim?"

Aquele dedo solitário sacudiu sua testa. Ela ouviu o toque do sino novamente.

Desta vez, foram suas pernas que a traíram. Os joelhos se dobraram e ela bateu no tapete frio. Espera. Como ela poderia sentir? Sua pele era de metal. Ela não podia sentir...

Oh.

Ohh.

Ohhh.

Olhos dourados desceram rapidamente. Vendo suas mãos. Mãos humanas. Ela os fechou em punhos e estremeceu de dor quando unhas afiadas cravaram um pouco em suas palmas. Mãos humanas fracas. Grandes olhos dourados olharam para baixo. Arregalados.

"E lá vamos nós." o estranho balançou um espelho diante dela. "O que você acha?"

Ela tentou falar, mas conseguiu apenas um gemido fraco.

Porque ela se viu.

Um par de orelhas de lupino escuro se contraiu no topo de sua cabeça. Seu cabelo era...bem...o mesmo, e sua cauda ainda estava lá...mas ainda! Rosto humano! Olhos humanos! Nariz humano! Corpo humano! Ela agarrou a si mesma, descobriu a falta de sua armadura ali e tremeu ainda mais. Seus braços se agitaram enquanto ela se agarrava em uma tentativa vã de preservar sua modéstia.

"Quem?! O quê?! Quando?! Onde?! Por quê?!"

"Você esqueceu como." o estranho loiro riu.

Ela tentou se levantar. Tentou atacar, mas seus novos músculos falharam.

"Cuidado agora," seu -convidado?- gargalhou. "Leva algum tempo para se acostumar. Você ainda é muito forte, mas é meio diferente quando você tem um corpo de carne e osso..."

Roxy fungou uma vez. Isso não poderia estar acontecendo. "Me mude de volta!"

Ainda sorrindo, ele se sentou ao lado dela.

"Não, vamos falar sobre seus problemas..."

POSSÍVEIS SPOILERS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS

(Prévias)

"Pizza!"

Cuidado com o bico!

"OW! O rosto não! Por que é sempre o rosto?!"

"Todo mundo ainda me ama, certo?"

"Bem," uma voz fraca ecoou ao seu lado, "suponho que seja subjetivo. Mas, realmente, o que é amor?"

Roxy atirou uma caixa de pizza nele.

Gregory piscou. "O que...está acontecendo?"

Freddy deu de ombros.

"Vamos arrasar!"

"Pessoalmente, prefiro correr, mas faça do seu jeito..."

"Coelhinha má. Agora corra. Antes que eu toste sua pele..."

"Agora, então...vamos...causar...algum caos!"