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Language:
Português brasileiro
Stats:
Published:
2025-10-09
Updated:
2025-12-01
Words:
10,901
Chapters:
2/?
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2
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12
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301

To Have & Hold

Chapter 2: Bruce Wayne em: por que tem um twink na minha porta?

Summary:

— Você acha que é outro clone meu com o Lex?

— Hum.

— Eu não posso ter outro filho com o Lex, Bruce!

— Hum.

— E se ele for um clone seu com o Lex?

— Hum.

— Não sei o que é pior, outro filho meu com o Lex ou um filho seu com o Lex.

— Hum.

Chapter Text

Por incrível que pareça, Bruce estava tendo um ótimo dia — ou tanto quanto é possível em uma cidade eternamente como Gotham. Nenhum acidente químico estranho ou maluco fantasiado pagando de louco nas ruas, e Alfred tinha feito seu almoço preferido.

Viu, todos os requisitos para um ótimo dia. E nem era duas da tarde ainda.

Para o resto do dia, seus planos incluíam relaxar, participar de um evento de caridade e terminar a noite patrulhando a cidade com seus filhos e agregados. Tudo estava ótimo, de um jeito único que só acontece quando os planetas se alinham e o Universo sente piedade de sua pobre alma. É claro que algo tinha que dar errado.

O começo do fim veio com uma notificação de seu smartwatch dizendo que havia alguém no portão de entrada.

— Que foi? — Clark Kent, sua companhia para a tarde, pergunta.

— Tem alguém no portão — Bruce responde. Ele pega seu celular e puxa a imagem da câmera do portão de entrada. — Hum.

Bruce não consegue ver o rosto da pessoa pois ela está usando um chapéu de aba reta que cobre boa parte do seu rosto. O que ele reconhece é alguém alto, não tão alto quanto ele ou até mesmo Clark, mais um tanto acima da média. O desconhecido está usando uma jaqueta preta com detalhes brancos nos braços e uma calça preta e sapatos também pretos — é assim que eu pareço quando me recuso a usar cores?

— Problemas? — Clark pergunta.

Antes que Bruce possa responder que quem quer que seja é só mais um em uma longa lista de desocupados que acham que podem ir até a Mansão Wayne seja para pedir favores ou para tentar sequestrar alguém — Esse pelo menos não está fantasiado, embora a roupa monocromática não ajude muito ('Sim, Steph, eu sou hipócrita, não, eu não ligo.') — o canal de voz de interfone se ativa sozinho.

— Essa campainha esquisita funciona? — o desconhecido murmura. Ele parece ter percebido o que fez.

— Quem é você? — Bruce pergunta com sua melhor voz de rico irritado e um leve sotaque para disfarça sua identidade.

— Espera, essa campainha é telefone? — o desconhecido fala surpreso. — Nossa, gente rica é outro nível. Na minha casa a gente só grita perguntando quem é mesmo.

— O quê você quer? — Se fosse uma situação publica, Bruce fingiria ter uma pouco mais de paciência, contudo, ele aprendeu há muito tempo que o jeito de lidar com as pessoas que apareciam na porta de sua casa sem convite era com grosseria ou isso abriria mais precedentes para outras pessoas acharem que podem fazer o mesmo.

— Eu quero falar com o dono da casa, por favor — o desconhecido é educado o suficiente. Porém, educado ou não, ele ainda é alguém que apareceu sem convite e está atrapalhando o dia perfeito do Bruce.

— Você tem hora marcada?

— Eu preciso de uma?

— O senhor Wayne não pode atender ninguém sem hora marcada.

— Por que você está falando em terceira pessoal?

— Como?

— Você é o senhor Wayne, não? — o desconhecido vira a cabeça para o lado em confusão e olha diretamente para câmera enquanto ele fala, o que não deveria ser possível pois as câmeras são escondidas. — Sua voz está meio diferente da televisão, mas você ainda é você, né?

Como esse sujeito sabe que o Bruce é Bruce? Disfarce vocal é uma de suas várias habilidades. É quase impossível para as pessoas saberem quem ele é se ele não quiser que ele saiba.

— Por favor, se você quiser falar com o senhor Luthor, entre em contato com a W.E. e marque uma reunião em horário comercial — Bruce decide que o melhor é encerrar a conversa.

— Espera!

Bruce desliga o canal desliga o seu canal de áudio, mas mantém o do desconhecido aberto, não que isso sirva de muita coisa pois o sujeito começa a resmungar em um idioma que Bruce não reconhece.

— Tudo certo? — Clark pergunta.

— Não sei — Bruce responde. Com um rápido deslizar de dos, Bruce sobe a imagem da câmera de entrada no programa de reconhecimento facial e o áudio do idioma estranho em um programa similar, mas para áudios. Ele não sabe o que é, mas tem algo esquisito sobre o desconhecido.

Segundos depois, o relógio de Bruce apita uma segunda vez avisando que o portão foi aberto, e para terror de Bruce o vídeo mostra o desconhecido passando pelo portão e seguindo em direção a porta da frente.

— Você abriu o portão? — Clark pergunta confuso.

— Não — Bruce verifica sua tela e não encontra nenhuma prova de que ele deu o comando para abrir o portão, de fato, seu celular nem reconheceu a abertura do portão. O que só pode significar que o desconhecido fez isso por ele. — Clark, você vai para caverna e troca de roupa e espera o meu comando.

— Você tem certeza que quer lidar com isso sozinho?

— Por enquanto, isso é um assunto referente há Bruce Wayne, não vamos fazer nada de forma precitada — Bruce fala, seguindo em direção a entrada. — O computador já está rodando um programa de reconhecimento facial, se ele achar algo que classifique o desconhecido como perigoso, você pelo meu ponto, qualquer coisa fora isso, você espera o meu sinal.

Bruce e e Clark se separam na entrada. Com Clark seguindo em direção ao estúdio de Bruce, e Bruce se preparando para encarar o intruso.

— Alto lá! — Bruce diz de seu lugar a porta da frente, invocando toda a intensidade de sua persona publica.

O desconhecido para na base dos degraus de entrada. Ele encara Bruce com olhos semicerrados e testa franzida, como se enxergar Bruce fosse difícil.

— Olá — cumprimenta com um aceno. — Nossa, a sua casa é muito grande, você está tentando compensar alguma coisa? É um trauma de infância ou geracional? Que tipo de arquitetura é essa? Faz um tempo que decidi ser arquiteto só de raiva e estou tentando aprender coisas novas, mas eu não sei muito ainda então não consigo reconhecer muitas coisas só de bater o olho, nem todo mundo pode ser uma Sabidinha da vida, né.

— Como você passou pela minha segurança?

— Que segurança?

— Meus alarmes e armadilhas e os cães e o meu portão de ferro maciço de seis metros que pesa cinquenta quilos.

— Oh. — O intruso deixa a cabeça pender para o lado e segura o queixo em pensamento, o gesto estranhamente faz Bruce lembrar um painel de um quadrinho. — Bem, o portão abriu sozinho. E os cachorros só vieram e me cheiraram e saíram de perto depois que eu fiz carinho neles. E eu não vi nenhuma armadilha, mas tinha umas bagunças jogadas pelo caminho que eu tive que evitar pisar em cima para não acabar caindo de cara no chão.

O olho de Bruce treme. Esse sujeito não apenas viu todas as armadilhas, como também evitou pisar nelas sem nem notar o real motivo. E Titus e Ace, que não gostam de estranhos e foram pessoalmente treinados por Damian e Bruce para lidar com invasores, deixaram ele tocar neles sem atacar? Se antes Bruce o classificou como uma inconveniência, ele está rapidamente fazendo o seu caminho para possível ameaça.

— E o quê você quer aqui? — Bruce usa o seu melhor sorriso de 'Brucie Wayne'. Se o desconhecido quer bancar o cabeçudo sem cérebro, Bruce pode fazer igual. Sem falar que a correia da câmera escapando do bolso interno da jaqueta dele pode ser uma indicação de que o intruso não é nada mais do que um jovem aspirante a fotógrafo em busca de uma foto fácil para vender para o jornal que pagar mais. Não seria a primeira vez que alguém dá imprensa invadiu a propriedade em busca de um escândalo e, infelizmente, não vai ser a última.

— Quero falar com o Batsy-- Digo, com o Bruce Man, não, Wayne. Isso, Bat Wayne. Não! — O desconhecido grunhi. Ele leva uma das mãos ao rosto e bufa, balançando negativamente a cabeça. O intruso atrapalhado murmura alguma coisa no idioma estranho que Bruce não consegue entender. Ele respira fundo e levanta o olhar para encarar Bruce, e usando um tom que poderia ser considerado sério pela primeira vez desde que abriu a boca, ele diz: — Quero falar com você, quero falar com o Batman.

Bruce cerra a mandíbula e encara o intruso. Ele é alto, esguio. Sua jaqueta preta coberta boa parte do seu corpo, mas seus ombros largos ainda são bem proeminentes. Ele coloca o seu peso na perna esquerda — e Bruce percebeu em sua pequena caminhada dos portões até a entrada que ele manca da perna direita. Não há armas visíveis em seu corpo, e, considerando o quão justas sua roupas são, a possibilidade de armas ocultas é bem baixa, porém não nula — nunca nula em Gotham.

Tudo nele, do jeito que ele fala ao modo que ele fica em pé com uma postura relaxada como se não tivesse uma preocupação no mundo, grita 'irritante' e 'aborrecimento' com letras garrafais bem grandes. E, ainda assim, ainda sem ativar nenhum alarme mental ou passar uma grama de animosidade, esse sujeito que não deveria ser nada mais do que uma mera inconveniência passou a ser uma ameaça.

— Quem é você? — Bruce estreitou os olhos.

— Bem, isso depende — o suspeito desconhecido começa —, eu sou várias coisas diferentes para várias pessoas diferentes. Irmão, amigo, camarada, marido, tio, amante, filho. Tem essa pessoa em particular que acha que sou uma grande decepção e uma maldição em sua vida, ou até mesmo um emissário demoníaco enviado pessoalmente por Satanás para acabar com a vida dele. Cá entre nós, eu acho que Luce tem o que fazer do que se preocupar com gentalha.

— Eu quis dizer como você se chama.

— É fofo como você acha que isso resolve alguma coisa — ele ri. Genuinamente, sem nenhuma seriedade ou preocupação pela ansiedade que está induzindo. — Como me chamo depende muito. Sou parcial com Dalek, mas gosto de usar Nezumi quando estou jogando. Nemo ou Zero são opções quando Nezumi não está disponível. Agora, como outras pessoas pessoas me chamavam é outros quinhentos, sabe? Um seleto grupo de amigos me chama de Ba--

— Seu nome! — Bruce interrompe. Cinco minutos e essa é a interação mais longa e cansativa que ele teve nos últimos tempos. Bruce se arrepende profundamente de ter saído da cama de manhã. — Qual é o seu nome?!

— O batismo, o que era oficial ou o ilegalmente legal?

— Qualquer um!

— Bem, meu nome de batismo não te interessa — ele responde —, mas atualmente o meu nome legal é Jamu-El Rodrigues Thorul. Contudo, meus advogados estão tentando me ajudar a voltar como o meu nome anterior, já que esse de agora foi adquirido de uma forma não tão lícita quando fui declarado morto uns anos atrás e precisava de documentos urgente. Porém, quando minhas sanguessugas conseguirem reverter a minha morte, meu nome vai voltar a ser Lowell Luthor.

— Luthor?

— Isso, Lowell Luthor.

— Alguma relação com Lex Luthor? — Bruce escuta Clark exclamar em seu ouvido pelo ponto, mas ignora o kryptoniano por enquanto.

— José? Parente meu.

— José?

— É, Lexa do Paraguai — ele responde. — Alexander Joseph Luthor. Joseph equivale a José, sabe?

'Não,' Bruce pensa. 'Não sei de nada, que diabos você está falando?' Bruce tentar não deixar sua confusão transparecer em seu rosto, mas falar com esse sujeito está começando a lhe dar dor de cabeça.

— E ele é seu parente?

— Foi o que eu disse — confirma. — Morcegos não deveriam ter uma ótima audição para compensar pela baixa visão?

Bruce não reage a referência a sua persona, ele não sabe como esse sujeito que se autodeclara um Luthor e não vê problemas nenhum em reclamar Lex Luthor como seu parente, sabe quem ele é, e isso é um problema. Porém, se tem algo que Bruce Wayne sabe fazer é compartimentalizar, e nesse momento a prioridade está no fato dele não reconhece o suposto Luthor, pois Bruce tem certeza de que ele tem uma lista de todos os Luthor que já viveram e espaço de sobra no SSD para adicionar qualquer Luthor que possa vir a existir — não, isso não é esquisito, é só precaução, uma vez que quando um careca maníaco dedica a sua vida a atormentar o seu melhor amigo, fazer uma lista é o mínimo que você pode fazer.

Bruce — Clark diz no ponto —, caverna, agora.

Colocando seu melhor sorriso falso no rosto, Bruce finge-se surpreso (não tão difícil assim) e feliz com a nova informação (totalmente falso) e convida sua visita inesperada para dentro de casa, guiando-o por entre corredores até uma das salas de visitas escondida em um dos cantos mais afastados da casa — seus filhos gostam de chamar a tal sala de 'sala de interrogatório' devido aos móveis desconfortáveis, decoração gritante que agride aos olhos, e o fato de que há apenas uma entrada e uma saída, sem falar de todas as câmeras escondidas.

Quinze minutos depois, uma vez garantido que o suspeito (sim, ele é um suspeito até que se prove o contrário) estava bem guardado e preso sem saber que estava preso, Bruce estava debruçado sobre o teclado do batcomputador.

— Luthor! — Clark grita.

— Hum.

— Ele é um Luthor!

— Hum.

— De onde ele saiu?

— Hum.

— Você acha que é outro clone?

— Hum.

— Você acha que é outro clone meu com o Lex?

— Hum.

— Eu não posso ter outro filho com o Lex, Bruce!

— Hum.

— E se ele for um clone seu com o Lex?

— Hum.

— Não sei o que é pior, outro filho meu com o Lex ou um filho seu com o Lex.

— Hum.

— E se for alguém de outra realidade? Cara, nós acabamos de lidar com o Hal do mal, não quero ter outra bagunça interdimensional.

— Hum.

— Bruce, use suas palavras, eu estou surtando aqui!

Ao invés de oferecer uma resposta multissilábica como uma pessoa normal ('Fica quieto, Dick'), Bruce abre os resultados da pesquisa que ele mandou o Batcomputador fazer, puxando o boletim de ocorrência e a certidão de óbito do suposto Luthor que está esperando em sua sala de estar — além de abrir o vídeo das câmeras escondidas por toda a sala em questão.

— Lowell Luthor — Clark lê em voz alta. — Dado como desaparecido depois do terremoto de quatro anos atrás, e declarado como morto dois dias depois quando seu corpo foi resgatado em alto mar.

— Hum.

— Você acha que isso é mentira? — Bruce não responde, mas o olhar de 'o cara está no meu sofá no momento, o que tu acha?' é mais do que Clark precisa. — Digo, você me entendeu.

— Hum.

— E como podemos ter certeza de que ele é quem ele diz que é?

— Estou rodando o DNA dele no banco de dados da Watchtower.

— E como você conseguiu o DNA dele?

— Fio de cabelo. Blusa.

O computador escolhe esse momento para apitar. Com grandes letras vermelhas e garrafais, o alerta indica que não há nenhuma compatibilidade com o DNA pesquisado.

— Nenhum resultado?

— Parece que o DNA de Lowell Luthor não está no sistema.

Bruce não perde tempo e volta a dar mais comandos para o computador, dessa vez ele faz uma busca mais abrangente para graus de parentesco direto.

— Mas como isso é possível? Eles não tiveram que fazer um teste para comprovar a identidade dele?

— Lowell Luthor nunca foi encontrado, não realmente — Bruce responde. Ele abre outro arquivo, esse tem o logo da LuthorCorp e "confidencial" escrito bem grande em letras vermelhas por todo o arquivo. — Lionel declarou ele morto e encerrou as busca sem nem procurar por ele, e depois pagou alguém para dizer que acharam o corpo, mas isso nunca aconteceu.

— Mas por que ele fez isso? Ele nem se preocupou em achar o filho?

— Hum.

— Você tem uma teoria.

— Lionel odeia ele — Bruce diz.

— O quê?

Com mais alguns cliques e umas sete ou dez leis sendo quebradas, Bruce puxa outro arquivo confidencial da LuthorCorp.

— Ninguém além de Lionel Luthor sabe ao certo da origem de Lowell Luthor — Bruce começa. — Ele apareceu do nada alguns anos atrás, pouco depois de fazer dezoito anos. Certo dia, ele só estava lá. — Bruce abre seis artigos diferentes. Um deles escrito pelo próprio Clark. — Primeiro ele apareceu junto com Lena, depois ele foi visto com Louis e por fim há registros de pelo menos duas interações com o Lex. Nesse tempo todo, nenhum Luthor falou com a impressa ou deu nenhuma explicações sobre o garoto misterioso e suas origens. Contudo, todo mundo notou as semelhanças físicas entre Lowell e os outros, e daí surgiram várias especulações de um possível filho ilegítimo.

— Eu lembro disso. Perry encheu meu saco por horas porque um jornal publicou a noticia do Luthor misterioso primeiro que a gente — Clark resmunga.

— Hum — Bruce puxa um pronunciamento oficial de Lionel. — Até que três meses depois do surgimento de Lowell, e de várias especulações e assédio midiático, Lionel Luthor veio a público e reconhece Lowell como seu filho.

— Louis e Lowell se autodeclararam gêmeos, não?

— Eles nasceram no mesmo dia com sete minutos de diferença.

— Nossa.

— Hum.

— E como isso explica sua teoria sobre Lionel odiar ele?

Bruce abre a gravação da conversa que teve com Luthor na porta de entrada.

Tem essa pessoa em particular que acha que sou uma grande decepção e uma maldição em sua vida, ou até mesmo um emissário demoníaco enviado pessoalmente por Satanás para acabar com a vida dele — Luthor disse.

— Você acha que essa pessoa em particular é o Lionel?

— Exceto por dois eventos obrigatório e as fotos de Natal da LuthorCorp, os dois nunca foram vistos no mesmo lugar — Bruce abre seis outros arquivos. — Não apenas isso, mas há relatos de funcionários que viram Lionel mudar de caminho ou sair de uma sala quando ele percebeu que Lowell estava se aproximar.

— Sério?

— Todos foram obrigados a assinar documentos falando que nunca tocariam no assunto em voz alta com direito a demissão e processo.

— Abusivo.

— Hum.

— E o quê mais?

— Isso.

Bruce abre um arquivo do FBI com o nome de Lowell Luthor nele.

Lowell Luthor tem uma ficha criminal quase tão grande quanto Lex Luthor. Única diferença é que o Luthor mais novo não tem nenhuma implicação sobre tentar dominar o mundo, mas fora isso? Wow.

Roubo de carros, assalto a mão armada, roubo e furto, evasão da polícia, agressão a um policia, vandalismo, vandalismo de propriedade pública, falsidade ideológica, fuga de convocação de juri, estelionato, tentativa de assassinato, suspeita ocultação de cadáver, fuga de cadeia, motim, terrorismo, tráfico de drogas, tráfico internacional de pessoas, sequestro de helicóptero, e aliciamento e sequestro de menores.

— Nossa! — O kryptoniano exclama.Meu Rao, Bruce, como esse cara está livre?

— Nada foi comprovado.

— Lex? Lena? Louis?

— Nenhum deles — Bruce puxa outro arquivo. É de uma firma de advocacia da qual ele nunca ouviu falar, mas acabou de ganhar um lugar no topo da sua lista de lugares para investigar ('Não, isso não é perseguição, quieto Alfred'). — Toda vez que algo acontecia e Lowell Luthor estava no meio, alguém dessa firma de advocacia aparecia sem nem ser chamado e dava um jeito de comprovar que ele não tinha culpa de nada. Na maioria dos casos realmente parece uma situação de lugar errado na hora errada, porém, mesmo em situações com provas, como o negócio com o helicóptero e todas às vezes que ele resistiu a prisão e consequentemente agrediu um policial, no final ele saiu pela porta da frente sem nem pagar fiança, só para se meter em outro problema dois dias depois.

— E ninguém nunca suspeitou que tinha algo errado?

— Muitos, porém todas as investigações deram em nada — Bruce abre um arquivo sobre doze investigações que nunca saíram da primeira fase.

— E você tem certeza que os Luthors não estão metidos nisso? — Clark pergunta com ceticismo.

— Pelo contrário, dois meses depois Lowell aparecer e certas acusações sobre ele surgirem, Lionel tentou abrir sua própria investigação contra ele, mas Lowell teve um encontro ele dois dias depois e Lionel pediu para encerrarem as investigações.

— Você está me dizendo que esse garoto tem Lionel Luthor no bolso dele? — Clark pergunta escandalizado.

— Hum — Bruce compartilha do sentimento, seja lá o que for com que Lowell Luthor está envolvido, nada parece cheira bem. Não apenas pela ficha criminal gigantesca ou pelo fato dele sempre sair impune no final do dia, mas por ele parecer ter algo contra Lionel Luthor ruim o suficiente para mantê-lo em rédeas curtas. Alguém com tanto poder não deveria estar solto por aí sem controle. Lowell Luthor é perigoso de um jeito que Bruce não consegue contabilizar ainda.

O computador apita outra vez. Os resultados para o segundo teste de DNA aparecem na tela.

99% de compatibilidade com Lionel Luthor.

50% de compatibilidade com Louis Luthor.

25% de compatibilidade com Lex Luthor e Lena Luthor.

— Bem, um problema resolvido, dezoito mais adicionados a lista.

— Hum.

— Como Lowell e Louis tem 50% de compatibilidade quando eles são meio irmãos?

— Hum.

— Será que eles realmente são gêmeos?

— Hum.

— Será que ele é um clone do Louis?

— Clark.

— O que foi? Luthors têm mania de fazer clones, vocês sabe disse.

— Se ele fosse um clone, seria 100% de compatibilidade.

— Talvez ele seja um clone do Lionel.

— Então o computador teria apontado DNA dele como sendo do Lionel, e a compatibilidade dele com os outros seria maior pelo grau de paternidade.

— Então Louis e Lowell são filhos da mesma mulher?

— Louis Luthor é filho biológico de Lilian e Lionel Luthor — Bruce coloca as informações sobre Louis Luthor na tela.

— Então de onde saiu esses 50%?

— Eu não sei! — Bruce se exalta momentaneamente. Ele não grita, mas considerando a sua personalidade, qualquer um na sua família diria que isso é praticamente um grito.

— Se ele é mesmo o Luthor, o que você acha que aconteceu? — Clark nuda de assunto.

— Minha teoria no momento é que ele planejou seu desaparecimento para fugir de questões legais, e Lionel se aproveitou disse para matá-lo.

— Que questões legais? Tem mais coisa além daquela lista infinita?

— Dias antes de seu desaparecimento, Lowell Luthor foi citado como instigador de um caos generalizado em Las Vegas — Bruce abre um arquivo da polícia em uma tela e seis artigos de jornais diferentes em outra. Os artigos mostram Luthor em Las Vegas montado em uma zebra. Há também uma ilhama de chapéu no fundo da imagem, além de um leão.

— Ele roubou uma zebra?

— Achou.

— O quê?

— Uma companhia de transporte de animais chamada Kidness International teve seu caminhão violado horas antes e os animais que eles estavam transportando, ilegalmente, por sinal, foram soltos. — Bruce passa o vídeo da comoção.

— E nós sabemos que não foi o Luthor como?

— Na hora que os animais foram soltos, Lowell e duas outras pessoas estavam sendo expulsas do sexto casino consecutivo por suspeita de trapaça e roubo. — Bruce coloca um vídeo da segurança de um dos casinos mostra Luthor e dois desconhecidos antagonizando a equipe de seguranças. — Os três ganharam dois milhões em quatro horas.

— Dois milhões?

— O mais interessante é que nenhum dos casinos conseguiram comprovar nenhum tipo de trapaça — Bruce lê o boletim da polícia. — Luthor, por sua vez, nem estava apostando.

— Como?

— Ele entrou no casino com os outros dois, porém enquanto a mulher foi para as máquinas de caça-níquel e o outro rapaz foi para a roleta, Luthor estava nas máquinas de pegar bichinhos de pelúcia — Bruce abre vários vídeos diferentes do Luthor gastando uma quantidade absurda de dinheiro na garra. — Ele não ganhou uma única vez.

— Ele realmente é ruim — Clark conta seiscentos dólares gastos em apenas uma das máquinas.

— Dentro de meia hora, os dois desconhecidos ganharam quase trezentos mil sem perder uma única vez. Eventualmente, alguém percebeu que havia algo de errado com os dois, e eles foram encurralados pelos seguranças, que os levaram para um canto sem câmeras. Dez minutos depois, os dois apareceram e foram até o Luthor e então deixaram o cassino depois de trocarem as fichas sem ninguém pará-los um segunda vez. Os seguranças não aparecem mais em nenhuma filmagem depois disso, porém há registro deles dando entrada no hospital algumas horas depois com múltiplos ferimentos. Os três repetiram o mesmo padrão pelo resto do dia, com a mulher indo para os caça-níqueis, o rapaz para a roleta e Luthor para a máquina de bichinhos, até eles serem questionados pela segurança, sumirem da câmera só para aparecer depois como se nada tivesse acontecido e seguir para o próximo cassino, até que depois do sexto cassino, Luthor decidiu que cavalgar uma zebra no meio de uma Las Vegas em pânico era uma excelente ideia.

— E depois de tudo isso nenhum deles foi preso?

— Luthor e a zebra juntamente com os outros animais saíram de Vegas em direção ao leste e depois disso nenhum dos animais foram visto. Luthor, no entanto, apareceu em uma praia em Santa Mônica alguns dias depois, onde Perseus Jackson, até então alvo de uma caçada em nível nacional por suspeita de terrorismo doméstico, estava lutando a mão armada contra um sujeito desconhecido que foi apontado como o verdadeiro culpado por trás dos atos de vandalismo e terrorismo, além de ter sido acusado de ter sequestrado Perseus e duas outras crianças.

— E Luthor simplesmente estava no meio disso tudo?

— Ele apareceu no final da luta, e se ofereceu para pagar as passagens de avião das três crianças de volta para Nova Iorque, de onde Perseus havia sindo raptado no começo das férias de verão.

— E se Perseus e os outros chegaram em casa?

— Sim.

— E o Luthor?

— Ele pegou um táxi em direção a São Francisco, porém algo aconteceu no caminho e o táxi foi achado seis horas depois queimado em uma vala. Dentro veículo foi achado apenas a carteira de Luthor, provando que ele esteve no carro em algum momento. O motorista nunca foi achado.

— E dois dias depois o "corpo" de Lowell Luthor foi encontrado no mar — Clark fala com aspas imaginárias.

— Hum.

— E os dois de Las Vegas, o que aconteceu com eles?

Com uma sequencia rápida de comandos, Bruce isola as imagens das câmeras de segurança além aumenta elas. Ele também passa as imagens pelo banco de dados nacional e pelo sistema de reconhecimento de facial.

— Nada.

— Como disse, os cassinos nunca puderam provar que eles trapacearam.

— Eles só pegaram o dinheiro e foram embora?

— Isso.

— E quem são eles?

— Não sei.

— Como?

— Os dois aparecem em vários lugares por todo o mundo. Brasil, Porto Rico, México, Galês, além de dezenas de localidades diferentes pelo país — Bruce puxa várias fotos diferentes. — Sempre dois passos atrás de Lowell Luthor, no entanto, o computador não consegue achar nenhuma identidade atrelada aos dois.

— Como isso é possível? Mesmo se eles tivessem identidades falsas, isso ainda apareceria no sistema.

— Hum — Bruce responde a contragosto. Ele odeia não saber das coisas.

Clark encara as imagens espalhadas por vários monitores. Seu olhar é tão intenso que se ele tivesse menos controle sobre suas habilidades, Bruce ficaria com receio dele sem querer atravessar o computador com sua visão de calor.

— Essa mulher junto com o Luthor, eu sinto que já vi ela antes — Clark eventualmente diz. Sua testa está franzida e ele tem aquela expressão de quem está tentando muito lembrar de algo, mas não consegue por nada no mundo.

— Hum.

— Sabe, eu conheço uma pessoa que é boa em achar pessoas que não querem ser achadas — Clark comenta. — Talvez, eu possa mandar uma foto dos dois para ela e pedir ajuda com a desculpa de ser para uma matéria.

— Lois?

— Não — Clark nega com a cabeça. — É outra, gosta de trabalhar com reportagens investigativas, em especial qualquer coisa relacionada a bilionários.

— Hum?

— Ela gosta de tentar destruir eles — Clark sorri. — Ela também odeia o Lex, tipo, muito. Quase tanto quanto a Lois.

— Você confia nela?

— O suficiente para pedir ajuda.

Bruce pondera por um instante. Por um lado, ele não gosta de outras pessoas se metendo em suas investigações, por outro lado, ele não tem tempo o suficiente para se dedicar a dois desconhecidos, pois além de todos os seus problemas como Bruce Wayne e todos os seus casos em abertos como Batman, ele tem que lidar com um Luthor em sua casa que sabe sobre sua identidade secreta.

— Tente — Bruce concordou por fim. Com mais alguns comandos, ele envia as imagens que recolheu dos desconhecidos para o e-mail de Clark.

Enquanto Clark se recolhia em um canto da caverna para fazer uma ligação para a tal conhecida, Bruce deu outro olhada em seu visitante que continuava sentando sem fazer nada. Garantindo que o vídeo ainda estava ao vivo e que o Luthor realmente só não estava fazendo nada mesmo, Bruce voltou a sua pesquisa.

Nada sobre Lowell Luthor faz sentido. Desde o seu aparecimento aos dezoito anos até a sua suposta morte aos vinte e três anos. O Luthor mais novo (ele nasceu sete minutos depois de Louis) é como um grande ponto de interrogação verde neon piscando de forma grotesca e implorando para alguém prestar atenção e desvendar ele — e se tem uma coisa que Bruce entende, é de pontos de interrogação verde neon.

Luthor mencionou um suposto nome de batismo, contudo, Bruce não consegue achar o tal nome em nenhum dos bancos de dado que ele tem acesso, sendo assim, não existe nenhuma informação sobre Lowell Luthor antes de Lionel reconhecê-lo legalmente como filho. Não existe nem mesmo um pedido legal ou um processo para forçar o patriarca Luthor a fazer isso, nem mesmo um teste de DNA para comprovar a paternidade.

Lowell Luthor apenas apareceu, e pronto.

Por mais que Bruce não falar isso em voz algo para instigar mais ainda a paranoia de Clark ('O sujo falando do mal lavado.'), a verdade é que a possibilidade de que ele talvez seja um clone não é nula. Bruce não descarta nem a possibilidade do Luthor sentando em sua sala de estar seja um clone do Lowell que foi dado como morto — com os Luthors você nunca sabe. Única coisa que prova a existência de um Lowell Luthor original é a existência de um registro de nascimento datado há vinte e sete anos atrás, seguido por um documento de terminação de direitos parentais e uma criança sendo colocado para adoção logo em seguida que achou nos arquivos da LuthorCorp (lê-se: Bruce teve que quebra unas vinte camadas de proteção e várias outras leis para acessar). Não há nenhum nome na papelada do hospital e nos documentos de adoção além de um dos alias de Lionel Luthor, sendo assim, Bruce não faz ideia de quem seja a mãe de seu visitante. Ele também não consegue achar nenhum dos documentos de adoção.

É como se, por dezoito anos, Lowell Luthor tivesse parado de existir. Ou como se alguém tivesse tentado com muito afinco fazer com que ninguém descobrisse que ele existia em primeiro lugar. O que, conhecendo Lionel, é bem possível.

Luthor por sua vez, na única entrevista pública que deu desde que foi reconhecido legalmente como filho de Lionel, apenas disse que, ao completar dezoito anos, fez um pedido para o governo do Brasil (onde, aparentemente, ele nasceu e cresceu) para receber a sua certidão de nascimento original e, de acordo com a lei do país, ele recebeu. E assim ele descobriu que era um Luthor. Lowell também disse que não se importava com o dinheiro ou a fama, ele só queria conhecer os seus irmãos e por isso ele foi atrás de Lena e Louis primeiro e subsequentemente Lex — 'Estava esperando para ver se ele era mentalmente instável antes de me comprometer em ter alguma relação com ele. Nada contra pessoas insanas, conheço várias, mas existe insanidade e existe megalomania, e eu não estou disposto a lidar com outro parente que se acha o rei do mundo,' Luthor na mesma entrevista. 'Esse tipo de pessoa é um saco e eu não vou ficar batendo palma para maluco, sinceramente.'

Lionel, por sua vez, não foi mencionada nenhuma vez por Lowell, as únicas vezes que ele é mencionada foram as vezes que Lois (porque é claro que Lois fez a entrevista) mencionou ele — o que pode explicar porque ele nunca entrou com um pedido de reconhecimento de paternidade.

Na realidade, se Bruce suspeita que Lionel odiava Lowell o suficiente para forjar a morte dele só para não gastar esforços para procurá-lo, Lowell parece odiar o pai na mesma intensidade se todo o tempo que ele levou para garantir que eles nunca interagissem e todas as vezes que ele nunca falou sobre o pai são algum indicativos.

Luthor realmente parece se importar apenas com os irmãos. Com Lena e Louis sendo obviamente seus favoritos, e Lex sendo mais como um parente que ele tolera mais que qualquer coisa (geralmente durante os períodos onde Lex não estava trabalhando ativamente como um supervilão).

Mudando sua pesquisa para o nome falso que Luthor lhe ofereceu mais cedo, Bruce encontra mais do mesmo.

Jamu-El Rodrigues Thorul.

'El? Como em Kal-El?' Bruce tem um pressentimento ruim sobre isso.

'Espera, Thorul é só Luthor fora de ordem.' Ele nem estava tentando se esconder, estava?

O alias de Luthor também uma lista de acusações que nunca deu em anda, o que prova que o sobrenome Luthor nunca foi o motivo dele se livrar da cadeia tantas vez. Bruce também acha alguns imóveis e estabelecimentos sobre o nome — complexos de apartamentos, redes de cafés e padarias, ginásios e centros comunitários. A primeira vista, tudo legal e limpo, tirando o fato de que foram comprados usando um nome falso. Os apertamentos são em sua maioria para universitários ou parentes solos, e os centros comunitários e ginásios têm vários programas grátis com uma proposta para manter as crianças e adolescentes fora das ruas e ocupadas depois da escola — tudo coisas que Bruce tentar fazer por Gotham.

Contudo, com um pouco mais de pesquisa, uma uma longa lista de reclamações de pertubação doméstica e reclamações de vizinhos que, surpresa, nunca deram em nada — duvido que esses lugares são legais e limpos quanto parecem.

O mais preocupante, no entanto, é o recibo da compra de um prédio em Gotham.

Por que ele comprou um prédio no Beco do Crime?

E por que Bruce não fui notificado?

Jason não vai gostar da ideia de um Luthor se envolvendo no território dele.

Bruce consegue sentir a dor de cabeça se formando.

Luthor não apenas comprou um complexo de apartamento inteiro em Park Row, mas ele também fez outras compras com duas sendo em Bowery e outra em Narrows. Esse sujeito que nunca pois os pés em Gotham antes comprou três prédios nos locais onde até as pessoas que nasceram e cresceram em Gotham evitam se podem.

'Juro por Deus, se isso for outro aspirante a lorde do crime, eu vou deixar o Jason atirar nele.'

Diferente de sua identidade original, a pegada virtual de Lowell como Thorul é um tanto mais prominente. Enquanto os únicos registro de Lowell Luthor são em terceira pessoa, Jamu-El Rodrigues Thorul tem pelo menos uma conta no finado Twitter que pode ser ligada a ele, além de um Instagram e um Tumblr — quem ainda usa isso?

Luthor não dá a entender quem ele é em nenhuma das publicações no Twitter, usando o aplicativo só para reclamar da vida de assalariado como se ele não fosse o filho legalmente morto de um bilionário. E seu Tumblr é uma colagem de publicações sobre várias mídias diferentes e textos gigantes sobre as coisas que ele gosta e textos maiores ainda sobre as coisas que ele odeia, separadas cronologicamente por suas obsessões da vez (há também um blogue secundário dedicado inteiramente a falar sobre como Superman e Lex Luthor são casal de divorciados, mas Bruce não vai tocar nesse assunto — por hora).

Seu Instagram, por outro lado, é interessante. Não apenas Luthor tem dezenas de fotos com os dois desconhecidos de Las Vegas, como também têm fotos com Perseus Jackson datadas de antes e depois do caso em Santa Mônica — o que é outro item para a lista gigante de coisas para averiguar. Jackson e os suspeitos de Las Vegas aparecem em fotos em um local que parece um acampamento, com várias árvores e um lago em algumas fotos, e chalés e crianças de todos os tamanhos e idades usando a mesma blusa de um laranja vibrante. Há algo escrito na blusa, mas em nenhuma das fotos é possível lê o que é. Não importa o ângulo, Luthor ou quem quer que esteja tirando a foto, nunca pega a logo e o nome na blusa — se isso é intencional ou não, Bruce não pode confirmar.

Bruce não consegue achar nada tentando rastrear a geolocalização das fotos ou passando o cenário no fundo pelos vintes programas de reconhecimento de paisagem que ele tem acesso.

É como se o lugar onde as fotos foram tirados não existe no mesmo plano que o resto do mundo, e Bruce odeia isso.

Além das fotos no suposto acampamento, há fotos em Nova Iorque, no Rio de Janeiro, em Porto Rico e até no Tibete, e em diferentes lugares pelos Estados Unidos, além do Canadá e México. Uma parte dos destaque é reservada há uma sessão especial de fotos na Doctor Who Experience em Cardiff, datada na mesma semana que Bruce foi arrastado por Dick para visitar a mesma exibição porque eles iriam fechar e Tim queria muito ir, mas não sabia como pedir — para horror de Bruce, Dick e Tim e Steph aparecem no fundo de uma das fotos.

'Como essas fotos nunca apareceram em nenhum dos meus programas de busca? O perfil nem está trancado.'

— Bruce? — Clark chama.

— Hum? — Bruce fecha todas as abas envolvendo Jamu-El Rodrigues Thorul. Ele não quer lidar com Clark descobrindo esse pequeno detalhe no momento.

— Ele está dormindo? — O jornalista pergunta.

Bruce volta sua atenção para o monitor no canto superior direito que mais parecida uma tela de descanso do que uma transmissão ao vivo. Luthor está deitado no sofá, com as pernas vazando para fora do sofá por cima do braço do sofá, e com seu chapéu protegendo seus olhos da claridade.

— Eu acho que sim?

— Esse não é o sofá mais desconfortável que você tem?

— Hum.

Sim, esse é. Nem Dick, que consegue dormir em qualquer lugar, conseguiria dormir nesse sofá em especial.

Nada, absolutamente nada sobre Lowell Luthor faz sentido.